FRIGIDEZ (disfunção sexual feminina): Deve ser diferenciada da falta de orgasmo feminino. Muitas mulheres que não conseguem experimentar orgasmo continuam tendo prazer e interesse sexual. Na absoluta maioria dos casos, o desinteresse pelo sexo está ligado a fatores psicológicos ou sociais, sendo um dos mais freqüentes determinantes a monotonia conjugal. Também a educação que se recebeu, a falta de diálogo entre os parceiros, as práticas sexuais pouco gratificantes e até a resistência em inovar acabam minando o relacionamento e facilitam o desinteresse. O próprio fato de envelhecer e as dificuldades do cotidiano também podem interferir na satisfação sexual.
Na maioria das vezes o problema tem origem emocional e, entre eles, o problema é com o parceiro. Mas, infelizmente, é o próprio parceiro que não aceita essa parcela de culpa e vive a “obrigar” a mulher a procurar um tratamento, geralmente milagroso. Apesar de mais rara, a falta de desejo pode estar ligada a problemas orgânicos, como por exemplo, alterações hormonais, debilidade física por conta de doenças e até mesmo pelo uso incorreto de medicamentos.
MENOPAUSA: A menopausa é o período do ciclo reprodutivo que se inicia quando a mulher deixa de produzir óvulos e, portanto, de menstruar. Resultado da queda na produção dos hormônios femininos, o estrógeno e a progesterona, ela provoca sintomas como ondas de calor (conhecidos como fogachos), ressecamento vaginal, cansaço, enfraquecimento dos ossos (osteoporose) e, em alguns casos, diminuição do desejo sexual. Mas não é o começo da velhice, pois acontece por volta dos 50 anos, quando a mulher ainda é capaz de manter uma vida sexual tão ativa quanto na juventude. Com tratamentos de reposição hormonal (sob supervisão médica), é possível eliminar boa parte dos sintomas da menopausa.
VAGINISMO: (Querer e não poder: angústia sem controle). É a contração involuntária dos músculos próximos à vagina que impedem a penetração pelo pênis, dedo, ou espéculo ginecológico (instrumento médico) ou mesmo um tampão. A mulher não consegue controlar o movimento de contração, apesar de até querer o ato sexual. Há intenso sofrimento. Também podem aparecer sinais de pânico, como náuseas, suor excessivo e falta de ar quando a pessoa tenta enfrentar este medo, aproximando-se de seu parceiro. Mesmo desejando um contato sexual, há falta completa de controle de suas reações físicas de rejeição.
Alguns fatores que foram cientificamente comprovados como possíveis desencadeadores do vaginismo são: tentativas de sexo sem prazer, falta de orgasmo na relação, fracasso na relação, angústia, sentimento de culpa, educação religiosa severa, sexo repressor, abuso sexual e estupro. Este quadro pode se desenvolver em mulheres de qualquer raça, cor, idade, condição financeira ou intelectual.
Sempre devemos observar se há alguma causa orgânica para dor durante o ato sexual, como os desequilíbrios hormonais, nódulos dolorosos ou infecções nos genitais. O uso de algumas medicações que tenham como efeito colateral a diminuição de lubrificação vaginal também devem ser pesquisados. O tratamento indicado para o vaginismo é a Psicoterapia. Este tratamento tem como objetivo ampliar o conhecimento pessoal. Quanto mais a mulher conhecer sobre ela mesma, seu corpo, sua forma de lidar com o mundo, mais apta ficará a permitir-se vivenciar amplamente sua sexualidade. (www.abcdasaude.com.br).
Um grande abraço, e até a próxima...
DrÂȘ Laura Ferreira
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